sexta-feira, 15 de julho de 2016
Me orgulho por não ser o orgulho da família
Eu tentei ser o orgulho da família, eu tentei dar aquela revira volta e mostrar para o meu pai que eu tinha potencial. E na verdade eu consegui, pai, eu tenho sim potencial, tenho potencial e sou muito boa no curso em que EU escolhi. Não foi por falta de tentar que eu não estarei me formando na tão sonhada medicina, foi por falta de vocação. Sinceramente era um fardo muito grande estar dentro de um hospital, viver naquele ambiente com cheiro de gaze me embrulhava o estômago. E não diga que era falta de costume, essa frase nunca foi funcional nos meus 2 anos na área da saúde.
Eu havia achado o meu lugar a seis anos atrás, eu havia me identificado 100% com uma profissão, mas abri mão por acreditar que era questão de costume. Hoje vejo que quando você se encontra não adianta tentar ficar em outro lugar, mas você não concordou, aliás quando foi que concordou comigo? Sempre serei a menina bobinha da família para você, a menina que não sabe nada sobre a vida. Sabe, doeu muito fazer minha matrícula em um cursinho para medicina e ao mesmo tempo deixar de lado a minha vaga em psicologia, doía muito entrar de férias depois do ano todo estudando e ouvir de você "VOCÊ NÃO ESTÁ DE FÉRIAS ATÉ PASSAR NO VESTIBULAR", eu tinha 16 anos e você me tratava como uma máquina, mas vou te contar dois segredos..
Primeiro, eu não sou o filho ou filha do seu amigo que só tira 10, eu não sou fulano que passou em 4 faculdades de medicina, eu não sou o rapaz carente que passou na tv dando uma entrevista após conquistar o primeiro lugar no vestibular de medicina.
Segundo,eu passei no vestibular, no curso dos meus sonhos e na faculdade que eu sempre quis e eu não entrei de férias como você falava, eu tive que procurar emprego, correr atrás de financiamento, bolsa de estudo. Porque pai? Porque não era o curso que você queria para mim? Ou foi pelo fato de eu ter tomado as rédeas da minha vida, ter imposto minhas escolhas.
Nunca vou esquecer você alegando que não podia pagar o meu curso pelo fato de não ter dinheiro, mas e se fosse medicina? E depois achei os boletos da faculdade da sua amante, todos pagos com o seu cartão. Realmente, talvez você não tivesse mesmo dinheiro, pois já gastara com ela. Infelizmente eu sempre soube das suas indiscrições
Pai, nunca fui boba. Apenas me calei, não por não ter o que falar, e sim para ver se você falava coisas boas de mim, mas isso nunca acontecia, o meu nome era sempre tratado de forma irrelevante. Mas uma coisa aprendi com Machado de Assis pai, se você não sabe, ele era gago e não falava muito, por não falar ele sempre observada e escutava atentamente as pessoas. Sendo assim ele sempre tinha uma opinião sobre as coisas, da mesma forma que eu tenho sobre você e o mundo. Não é pelo fato de estar calado que a mente é silenciosa.
Eu não fui o orgulho da família, não fui o seu projeto que deu certo, sai das suas rédeas cheias de cifrões e para você, como pai, foi frustrante. Posso não ser o que você queria que eu fosse, mas eu te juro que hoje sou quem eu quero ser. E sinceramente, acho que não devo desculpas por isso.
terça-feira, 9 de junho de 2015
Surto de dor
É foda quando somos rejeitados, não sei lidar muito bem com isso. A única coisa que sei fazer nesses momentos é chorar feito uma criança que perde o seu brinquedo favorito. Como se não bastasse a dor, a tal da rejeição quis me punir ainda mais e me espancou psicologicamente. Quando acordei no sábado achei que estaria melhor, mero engano. Comecei o dia enjoada e o que eu mais temo começou a acontecer, um surto de pânico. É como se você sentisse a morte rondando e sussurrando no seu ouvido, sendo assim tomei meu remédio, mas foi pior, e parecia delirar, eu imaginava/sonhava com ele me chamando, ele respondendo minhas mensagens, e quando eu tinha meus picos de lucidez eu via que era mentira.
Se eu já sentia a morte, agora queria mesmo estar morta. Eu sentia que estava ficando louca, louca de dor, louca por ser louca. Sim, foi um dia ruim e até hoje está sendo, conviver com medo do medo também é ruim. Se houvesse uma forma de apagar coisas, pessoas e memórias da minha cabeça eu agradeceria, seja Deus ou ciência. Mas o mais perto que posso chegar disso é uma amnésia alcoólica mesmo.
sábado, 18 de abril de 2015
FODA MANO, FODA!
Nossa, eu acho que deveria abrir uma tenta mística pq pqp.. Eu havia dito que estava com um pressentimento ruim? Acho que sim né, então..
#quantomenosvocêfalamaisvãoteodiar NÃO POSSO ESQUECER DISSO. Porra mano, eu sou a única pessoa na casa que NÃO TEM O DIREITO DE FICAR CALADA.
Se não estou afim de falar respeita caralho, mas nãooooo, já me olham com cara de bunda como se eu tivesse mandado todo mundo tomar no cú, sendo que eu não abri a boca.
Meu pré-aniversário começou assim, não foi surpresa, uma vez que minha mãe não falava comigo desde domingo por algo ridículo. Então para mim não fez diferença alguma. Mas como eu havia pressentido, a coisa ia ficar pior.
Meus pais são do tipo que se passam 10 minutos juntos ocorre assassinato, porém um não vive sem cutucar o outro com a vara curta, pois bem, dia 15/04 a coisa saiu do limite, mesmo escutando o MEU NOME no meio da discussão, como se eu fosse a vagabunda da casa, quem apartou o tapa dos dois foi eu. A vontade que eu tinha era de falar PARABÉNS PARA OS DOIS ADULTOS MADUROS. Mas não, fui lá, separei as duas crianças e fui cuidar do meu irmão mais novo.
Sinceramente, se eu tivesse uma boa grana, não estaria mais aqui. No outro dia (meu aniversário) todos estavam com cara de bunda, eu escutei novamente e como se não bastasse estava chovendo muito. Era meu aniversário, o mundo caía lá fora, eu tenho 6 amigos na cidade (que se divide em 2 grupos), e um não gosta do outro. Eu só queria de presente um lugar só pra mim, talvez eu tenha problema mesmo, devo ser psicótica sei lá, pq o fato de ser família não me agrada nenhum pouco. Acho essa coisa de SOMOS FAMÍLIA tão, tão sei lá. Eu não consigo sentir nada, absolutamente nada, acho que parei e sentir aos 8 anos, quando já havia escutado várias vezes que eu não a deixava ser feliz. Já com o meu pai, também não sei, eu nunca tive muito o que falar com ele. Apenas acho essa história de amor familiar uma grande e ridícula mentira, ninguém é obrigado agostar de ninguém.
terça-feira, 14 de abril de 2015
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Não visto anonimato, tampouco sou diferente de você. Posso parecer louca, ou dolorosamente carente, acho está mais para um ser humano receoso. Mas olhe nos meus olhos, há algo nos nos une, algo que todo ser humano compartilhou ao menos uma vez na vida. Dor. Há frio e solidão aqui, e embora eu não queira morrer, meu único anestésico me mata por dentro. Eu sei que não estou sozinha, e se existe uma forma de alívio, eu o encontro quando estou ferida.
Respirar estando morta, é miserável, mas eu sei que você vê. Eu sei, eu sei que não estou sozinha, mas não importa, estou cansada de me sentir tão entorpecida.
Felicidade Prática
Há um engano do que julgamos ser perfeito, do que é confortante e necessário. Estamos em busca de histórias de amor perfeitas e declarações que nos fazem tremer as pernas.
Anular em si próprio os padrões que filmes e livros dizem ser belo é um bom começo para poder viver algo que realmente você irá olhar e pensar que a beleza da sua história foi única; e não como um clichê ditado pela sociedade.
Anular em si próprio os padrões que filmes e livros dizem ser belo é um bom começo para poder viver algo que realmente você irá olhar e pensar que a beleza da sua história foi única; e não como um clichê ditado pela sociedade.
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